Hoje, dia 07 de janeiro de 2010, seria o centésimo aniversário do meu avô César Martorano, pai de minha mãe. Ele que sempre quis alcançar essa idade. Faleceu dias antes de completar noventa e três anos de vida.
O 'vô' César sempre foi um amante da vida e das pessoas. Acho que herdei dele o meu amor pela natureza. Pelas árvores, principalmente.
Certa vez, já nos últimos anos de sua vida, meu avô se pôs a caminhar por entre as araucárias e as bracatingas que crescem pela chácara onde morou por quase toda a sua vida e onde está a casa dos meus pais lá em São Joaquim. Apoiado por sua bengala ia de árvore em árvore, abraçando-se aos troncos das mesmas. Dizia que, fazendo isto, absorveria a energia das mesmas.
Meu avô era um dendrólatra. Não sabia ele, acredito, que este é o nome que se dá a quem gosta de árvores.
Hoje, sou eu quem se abraça àquelas árvores. Quando me pego desprevenido, já estou grudado àqueles caules centenários das araucárias. Faço isso com o intuito de não apenas absorver as suas energias, mas também tentar ouvir as histórias que se passaram por ali centenas de anos atrás.
Parece coisa de louco, e acho que é mesmo. Mas o que de fato acontece é que quando abarco aquelas árvores e fecho os olhos, parece que o passado está todo ali me soprando aos ouvidos as histórias dos nossos antepassados.
Agora o que posso e devo fazer é recolher e contar essas histórias. Será uma homenagem digna ao meu avô e a tudo aquilo que ele me ensinou.
Graaande João Paulo, que legal éssas histórias do teu avô Cesar,ainda bem que tive a oportunidade de conhecer ele, pessoa fantástica e que me fez passar bons momentos aí em São quincas,,,,grande abraço
ResponderExcluirFala Professor João... Muito interessante seu escrito aí em cima. Não conheci seu avô, mais enquanto li pude imaginar o que escrevias como um filme na minha imaginação. Pessoas de bom caracter mantém a família como tradição, ótimo texto, valeu e sucesso pra banda The Zorden! André Luiz
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