sábado, 24 de outubro de 2009

The Zorden em CD (2)

Escolhidas as músicas para segundo CD da The Zorden, o passo seguinte foi definir o groove da bateria e o andamento das canções. Para isso, contamos com a ajuda do nosso produtor, Deny Bonfante.

No dia 14 de julho deste ano entramos no RVB Estúdios para gravar as guias. Em 28 de agosto, o Eduardo, ou Tchunai (gosto de escrever o assim o seu apelido) deu início às gravações da bateria. Ficou mais ou menos duas semanas trabalhando nas canções. No dia 21 de setembro, às dez horas da manhã, foi a minha vez.

Na parte da manhã equalizamos o som e registramos e finalizamos a linha de Sinais; Demos uma pausa para o almoço e recomeçamos por volta das 13h e 30min. Gravei todas as linhas em três dias.

A partir da guia de baixo e batera, foi a vez do Rafael, ou Fael, gravar os teclados. O Marcão entrou com as guitarras base na semana seguinte, intercalando com as guitarras base do Fael, visto que em algumas canções o Fael também toca guitarra. Uma semana depois, foi a vez dos solos de guitarra, a maioria gravados pelo Mister (Marcos).

No dia 09 de outubro encerramos a parte instrumental básica: baixo, bateria, teclados, guitarras e violões. Desse ponto em diante, começam os registros dos vocais...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

The Zorden em CD (1)

Em janeiro deste ano começamos a organizar as músicas para o próximo CD da The Zorden. Os ensaios foram realizados na casa do Marcos, o nosso guitarrista. Estávamos trabalhando com vinte e quatro canções. Destas vinte e quatro, escolheríamos doze para serem gravadas. O critério de escolha das músicas foi simples: escolhemos as canções que já estavam bem definidas harmônica e ritmicamente, visto que isto facilitaria a gravação das mesmas e daria mais agilidade ao processo de produção do disco.

Outro fator que deu peso à escolha de determinadas canções foi o estilo das mesmas, haja vista a unidade do CD. A partir desse momento, focamos os ensaios nas doze canções pré-escolhidas. Foram elas: A Fonte;
Tudo Passa; Dinheiro;
Sinais e Milene – estas de minha autoria; Nossa Geração; O Sol da Manhã e Tapera (Ribomba) – estas foram compostas pelo meu irmão, Rafael, e letradas por mim, exceto a primeira, cuja primeira estrofe da letra foi escrita pelo meu irmão; Mudanças; O Silêncio do Vento e Canção Perdida – do Rafael; e Pra te encontrar, música do Marcos com letra minha e dele, Marcos.

No primeiro semestre deste ano, ficamos apenas chocando o ovo...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Eu vi o sol brilhando na janela


Esta canão também faz parte do CD Em Ordem, de 2004, e foi composta pelo meu irmão Rafael. A versão aqui apresentada foi registrada na Festa da Maçã, de São Joaquim - SC, minha terra natal. http://www.youtube.com/watch?v=B7I1ovwiy9E

eu pensei que não veria mais alguém que amei

eu pensei que não teria mais o que desejei

e pensei não existir alguém que me desse amor

pois quando eu acordei não me vi sozinho...



eu achei que não seria mais o que aspirei

e cansei de procurar nos bares que passei

e pensei em desistir de esperar por amor

mas quando eu acordei não me vi sozinho...



eu vi o sol brilhando na janela

e o vento frio nos cabelos dela

e ouvi um sabiá cantar pra ela

e o meu coração bater por ela



o tempo passou

vivemos sem pressa

a saudade dói

e o tempo amarga o beijo

sábado, 10 de outubro de 2009

Caminhos



Esta é a letra da música Caminhos que foi gravada originalmente no CD Em Ordem, da banda The Zorden. Quem quiser curtir o áudio, há duas versões no youtube. A versão aqui apresentada no link foi gravada ao vivo na Festa da Maçã, de São Joaquim - SC, no dia 21 de abril 2009 - http://www.youtube.com/watch?v=5fx59FV51t0

Tantos dias vaguei em vão
Tantas noites ao léu
Tantos dias você nem sequer me notou nem me deu atenção

Cada coisa tem seu lugar
Cada dia também
Sei que um dia você ainda vai se lembrar de pedir meu perdão

Sem você, quanta dor
Basta um dia eu te ver ou você me sorrir
Pra lembrar que amor sai em busca do sol

Que certeza terei de mim
Qual caminho seguir
Bom lembrar que o amor que guardei pra você 'inda está por brilhar

Sem você, quanta dor
Basta um dia eu te ver ou você me sorrir
Pra lembrar que amor sai em busca do sol

Qual caminho vai me levar
Quais as portas, não sei
Eu só sei que o amor encontrou em você a razão de viver
Eu só sei que o amor encontrou em você a razão de viver

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Quaderna - João Cabral de Melo Neto


Dando continuidade ao assunto da resenha de ontem, falarei de mais um livro de João Cabral de Melo Neto, este que é um dos maiores poetas brasileiros. O tema central do texto de hoje é a obra Quaderna.
Quaderna (1956-1959) é um volume dedicado a Murilo Mendes. Os poemas são escritos sempre em quadras ou quartetos ou simplesmente em múltiplos de quatro. Representa o estático, o estável. Poemas de extrema racionalidade, assim como grande parte da obra do poeta de Morte e Vida Severina.

 
"A atmosfera que te envolve
Atinge tais atmosferas
Que transforma muitas coisas
Que te concernem, ou cercam.

 
E como as coisas, palavras
Impossíveis de poema:
Exemplo, a palavra ouro,
E até este poema, seda. (...)"

 
De A Palavra Seda

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Serial – de João Cabral de Melo Neto

Minha publicação de hoje aqui no blog será uma espécie de resenha com um quê de dica de leitura. Falarei sobre Serial, de João Cabral de Melo Neto (1959-1960), este que é um dos meus poetas favoritos. Li este livro em julho de 2008.

O livro é dedicado a José Lins do Rego. Poemas organizados a partir de quatro sistemas que representam, assim como em Quaderna, outro volume do autor, a racionalidade. O autor menospreza a espontaneidade, nega a inspiração e repudia a musicalidade. No entanto, alguns poemas possuem uma musicalidade que surpreende o leitor, assim como o trecho a seguir de "Generaciones y Semblanzas":


 

"Há gente para quem

tanto faz dentro ou fora

e por isso procura

viver fora de portas.


 

E em contra existe gente,

mais rara, em boa hora,

que se mostra por dentro

e se esconde por fora:


 

dela é os poeta-hortelão

que se tranca na horta

para cuidar melhor

sua literária flora;..."

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Morning Ower – On the Divide



Na última segunda-feira, dia 5 de outubro, eu e o Tchunai – o meu irmão do meio e baterista da The Zorden – fomos gravar uma das canções de dois amigos nossos aqui de Blumenau, o Jairo Adriano e o Jesse Kauffman. O primeiro é natural de Concórdia, cidade do oeste de Santa Catarina, e é o violonista e compositor da dupla. Já o Jesse veio diretamente de Iwoa – Estados Unidos da América – e é o responsável pelas letras das canções e pelos vocais. O projeto de gravação é um tanto quanto inusitado. Ao invés de gravar um CD completo como é o costume da maioria das bandas, a dupla, ou, melhor dizendo, o trio (pois contam também com a presença significativa de Henrique Marques – teclados e arte gráfica) pensa em registrar suas criações aos poucos, à maneira de singles.

    A gravação da canção On the Divide foi realizada no MD Studio, de Márcio Dias (que inclusive gravou alguns dos teclados do CD Em Ordem, da banda The Zorden, de 2004) e foi registrada cinematograficamente por Diego Dambrowski. Contou também com a presença feminina de Joice Felippe, namorada do Jesse e estilista da Morning Ower.

    Terminado o trabalho, empanturramo-nos com duas pizzas oferecidas pela dupla.

    Saúde e Sucesso à Morning Ower!


Ficha técnica de On the Divide:

Voz – Jesse Kauffman; violão – Jairo Adriano; teclados – Henrique Marques; contrabaixo – João Paulo Martorano Salvador; bateria – Eduardo Martorano Salvador

Gravado por Márcio Dias, no MD Studio – 05 de outubro de 2009, Blumenau – SC.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Oktober 2009

No último sábado fomos, eu e a Mila, minha namorada e companheira, pela primeira vez na Oktoberfest deste ano. Já é a 4ª edição da festa que vamos juntos. Sempre com a mesma alegria e a mesma disposição, apesar da preguiça que nos abate. Nesta Oktober estamos menos empolgados do que o costume. Um pouco pela grana que se gasta, que não é pouca, um pouco pelo tempo sempre chuvoso nessa época do ano. A verdade é que a cidade e os blumenauenses como um todo estão meio ressabiados pela tragédia que assolou a região em novembro passado. Ainda por cima, há riscos de ocorrer outra tragédia este ano. Na última semana, foi por pouco que não aconteceu uma enchente. O rio Itajaí-Açu quase transbordou. Algumas localidades e ruas foram atingidas, mas nada comparado ao que aconteceu no ano passado.

    Fomos para a festa por volta das 22h. No estacionamento, lá se vão R$ 15,00... Na fila dos ingressos, permanecemos umas duas horas, abaixo de uma garoa fina. Lá se vão mais R$ 30,00 nos tíquetes... estes foram a Mila quem os pagou. Já dentro dos pavilhões, mais R$ 24,00 em chope... Bebemos os seis chopes, comemos um cachorro-quente – R$ 5,00 – e enfrentamos mais uma fila para comprar mais chopes, desta vez com o cartão da Mila – mais R$ 24,00. Tomamos dois dos seis chopes comprados e fomos assistir ao show do Vox 3, uma das bandas da região no estilo ChucruteMusic. Durante o show, bebi mais um chope. Nem a apresentação da banda havia terminado, resolvemos vir embora. Na saída, mais um cachorro-quente – R$ 5,00...

    Como disse no início desta croniqueta, não é pouca a grana que se gasta na festa. Do meu bolso, saíram R$ 49, 00. A Mila desembolsou mais R$ 54, 00. Somando os dois, foram R$ 103,00. Não é pouco para quem vive de música e não tem um salário estável. Mas, no fim das contas, tudo vale à pena. E, numa próxima oportunidade de ir à festa, lá estamos nós novamente, quem sabe um pouco mais empolgados que desta última vez...

    Ein Prosit!

sábado, 3 de outubro de 2009

Soneto


O soneto que segue logo abaixo foi escrito no dia 10 de dezembro de 2004. Alguns retoques foram feitos aqui e ali no decorrer desses anos todos. Eis o resultado dessas lapidações:


Um livro exposto na estante me espreita.
Parece-me que o livro encerra em si
um lapso de instantes que eu não vivi.
Visão anterior ao ser primeiro


Vasto caminho. Vasta solidão.
O que me basta é ser o que já fui.
Meros versos dispersos ao sonhar,
meras lutas travei em mim – e em vão.

Velhos hábitos, velhas atitudes
povoam meu espírito inquieto.
Será o sonho um tempo em construção?

Será o dia a construção da noite?
Será a noite que prepara o dia?
E o livro que me espreita encerra o fim.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Escritos Possíveis

Tenho agora a intenção de publicar esporadicamente aqui nestas paragens virtuais alguns textos relativos a fatos vividos ou simplesmente testemunhados por mim. Este blog tem como objetivo o registro de minhas memórias diárias e a publicação de alguns textos escritos já há alguns anos ou textos que ainda não se transformaram em palavras e são somente ideias na minha cabeça. Registrarei também algumas impressões acerca de livros, discos, filmes, shows ou qualquer tipo de expressão artístico-cultural que me toque de alguma forma. Não tenho tampouco a intenção de transformar este espaço em algum tipo de caderno de lazer. Será simplesmente um blog.
Bem vindo a todos

O Tempo e as Coisas

Aqui estão a letra e o vídeo de uma de minhas canções. Esta canção foi lançada no CD Em Ordem, da The Zorden, de 2004.

O tempo vai
Vento vem me contar
Coisas que tempo deixou
E esqueceu entre nós

O dia vem
Tempo demais pra viver
Rastro que o rio carregou
Longe demais pra se ver

A tarde cai
Dia findou de brilhar
Longa noite que vem
Frio demais que nos traz

A noite vem
Resto de luz se apagou
Gesto na sombra morreu
Ermo de luz

O tempo vai
O dia vem
A tarde cai
A noite vem

E esqueceu entre nós
Longe demais pra se ver
Frio demais que nos traz
Ermo de luz

Solidão

14 de março de 2003.