sexta-feira, 10 de junho de 2011

Os tesouros dos jesuítas

Há muito tempo os jesuítas andavam por esses rincões aqui de cima da serra. E quando o governo português os expulsou de suas missões, tiveram que fugir para não serem pegos. Muitos vinham abarrotados de baús e arcas cheias de ouro e prata.
Como não tinham como atravessar os campos, banhados e todo tipo de obstáculos naturais carregando aquele peso todo das cargas, os jesuítas resolveram enterrar essas arcas recheadas de tesouros em qualquer campo ou lugar que prestasse para tal.
Anos mais tarde, alguns forasteiros e andarilhos, quando souberam de tal atitude dos jesuítas, resolveram sair em busca desses tesouros escondidos.
“Há muitos tesouros enterrados aí por esses campos a fora que a gente não tem nem noção e nem tem como dá conta do valor. A pessoa que encontrar esses tesouros vai enricar do dia pra noite.” – contava o tio Guinas.
Alguns fazendeiros da região também contam histórias de tais tesouros e baús enterrados. Muitos até souberam de gente que se perdeu por essas matarias indo em busca de riqueza fácil. Outros que ficaram loucos devido à obsessão que essa busca incessante lhes causou.
“Mas há um problema muito grande em sair à procura desses tesouros. O patrício que for atrás de tal fortuna tem que estar muito atento, pois essas arcas estão cheias de mandinga e feitiço. Às vezes o camarada acha que ta chegando perto do lugar onde viu algum vestígio, alguma luz ou raio saindo da terra e vai vê o clarão ta mais pra frente, cada vez mais longe, e o pobre vai, desesperado, mas nunca encontra nada. E assim o cidadão vaga sem rumo certo por anos e mais anos, crente que um dia vai encontrar o maldito tesouro.”

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