O soneto a seguir foi composto por mim para a obra de Claude Monet. Procurei ressaltar no poema a dedicação com que Monet partilhava com a luz, com o sol, com as sombras, com as cores, com a natureza enfim, pois acredito serem essas as inspirações que lhe davam um sentido mais real para a sua vida (daí as palavras "brida" e "vida" fazendo rima uma com a outra). O termo "canto" faz alusão ao trabalho dedicado do artista no decorrer de sua vida. O resto, acho que o próprio soneto terá condições de mostrar.
À luz do sol hei de cantar meu canto,
Que do amor e das flores nasce a vida.
Sombras e luzes na paisagem – o encanto,
Mundo de cores e sabores – brida.
Na beleza das cores saltitantes
Prendi o meu olhar. Pedra no frio.
Arranquei d'água o som mais deslizante
Que se faz refletida à luz do rio.
Canto de cor, som, luz e sentimento.
E qual será o tom e o dom profundo
Da cor da vida e deste vão momento?
Meus olhos ardem como o fogo – vida –
Na fulgência das cores – sol do mundo –,
No canto-cor. E a luz se faz perdida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário