sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A Ponte Japonesa no Jardim Giverny, de Claude Monet (1918-1924)

O soneto a seguir foi composto por mim para a obra de Claude Monet. Procurei ressaltar no poema a dedicação com que Monet partilhava com a luz, com o sol, com as sombras, com as cores, com a natureza enfim, pois acredito serem essas as inspirações que lhe davam um sentido mais real para a sua vida (daí as palavras "brida" e "vida" fazendo rima uma com a outra). O termo "canto" faz alusão ao trabalho dedicado do artista no decorrer de sua vida. O resto, acho que o próprio soneto terá condições de mostrar.


 


 

À luz do sol hei de cantar meu canto,

Que do amor e das flores nasce a vida.

Sombras e luzes na paisagem – o encanto,

Mundo de cores e sabores – brida.


 

Na beleza das cores saltitantes

Prendi o meu olhar. Pedra no frio.

Arranquei d'água o som mais deslizante

Que se faz refletida à luz do rio.


 

Canto de cor, som, luz e sentimento.

E qual será o tom e o dom profundo

Da cor da vida e deste vão momento?


 

Meus olhos ardem como o fogo – vida –

Na fulgência das cores – sol do mundo –,

No canto-cor. E a luz se faz perdida.

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