sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Escritos Possíveis para o São Joaquim de Fato

O texto publicado hoje aqui no blog foi originalmente escrito para a segunda edição, de fevereiro de 2011, do mensário São Joaquim de Fato. De agora em diante, este blog terá alguns textos publicados também no periódico acima mencionado.

Este texto inaugura esta coluna aqui no Jornal São Joaquim de Fato. Abordarei temas dos mais diversos possíveis, fatos históricos ou inventados. Escreverei sobre livros e/ou pessoas do nosso estado ou que tratam dos temas e coisas catarinenses.
Escrevo de longe (de Blumenau), mas com o pensamento bem perto – em São Joaquim. Quando escrevo ou falo sobre a minha terra, imagino-me voltando no tempo e perambulando aí neste chão onde outrora foi chamado de Chapada do Cruzeiro. Imagino os antepassados que aí viveram ou que apenas cruzaram por esses pagos e coxilhas. Penso nos antigos tropeiros viajantes que por aí dormiram – quais sonhos terão sonhado? que palavras terão usado para exprimir o que sentiam? que conversas terão confabulado uns com os outros? quais anedotas e causos compartilhavam entre si? de que sofriam?
Essas são perguntas que me inquietam e que de certa forma me intrigam. Nem todas elas terão respostas. Nem todas precisam de respostas. O que é preciso é tentar reviver ou reinventar essas histórias partindo do que já conhecemos e ouvimos falar.
Para o escritor, a ferramenta mais valiosa e que lhe é imprescindível é a sua própria imaginação. É o imaginar-se na pele de outra pessoa (persona). É o escamotear-se por detrás de uma lembrança. É o reinventar-se sempre. Quem escreve tem um mundo por decifrar, um universo por inventar ou desvendar. É como escreveu o autor português José Saramago: “Quem escreve tem à sua volta um deserto que parece infinito”.

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